Sinopse
Sakutarô e Aki conhecem-se na escola de uma pequena cidade japonesa. Ele é um adolescente engenhoso e sarcástico. Ela é inteligente, bonita e popular. Tornam-se amigos inseparáveis até que, um dia, Sakutarô começa a ver Aki com outros olhos. A amizade cíumplice transforma-se numa paixão arrebatadora. Juntos vivem uma história capaz de transformar os sentidos e apagar as fronteiras entre a vida e a morte.
Um grito de amor desde o centro do mundo é o romance japonês mais lido de todos os tempos. Inspirou uma versão cinematográfica, uma série televisiva e foi adaptado a mangá.
A minha opinião
Depois de ter conhecido recentemente a escrita de Haruky Murakami, resolvi continuar a aventurar-me pelas letras japonesas, num trilho que, depois deste livro, vou continuar a seguir.
Katayama é delicado e profundo. É um pensador.
Vamos à história. Sakutarô (rapaz) e Aki (rapariga) conhecem-se na escola, ainda muito novos, e tornam-se amigos. De forma inocente, vão-se conhecendo mais profundamente, tornam-se inseparáveis, crescem e despertam para o amor. Um amor puro, profundo, inabalável e inatingível.
Contudo, o destino "e-foram-felizes-para-sempre" não está no caminho destas almas gémeas e o leitor é confrontado, logo desde o início, com o acontecimento trágico que impediu o tal final feliz.
A história repete-se: Sakutarô vive o amor e a perda definitiva tal como o seu avô. Ambos vivem amores que acabam com o desaparecimento físico da sua amada, mas cujo sentimento ultrapassa tudo. A morte não é, afinal, o fim.
Ao longo do livro, o jovem apaixonado acompanha com muita tristeza e ansiedade a evolução da doença de Aki, numa luta contra o tempo.
E depois, viver sem ela não faz sentido. Ele sente-se só, num mundo em que não consegue coexistir com os outros. «Viver a vida quotidiana, dia após dia, era um suicídio da alma e uma ressurreição perpétuos. Todas as noites, antes de adormecer, desejava não voltar a acordar, ou, pelo menos, não voltar a acordar num mundo vazio, gelado, onde ela não estava. E ressuscitava outra vez, como um Cristo sem esperança.»
No livro assistimos a uma longa reflexão sobre a morte, o sentido da morte e o que, hipoteticamente, haverá depois dela. Mas, desta reflexão ressalta a beleza da vida. O leitor não é induzido a ficar triste, mas antes a pensar nos seus ente-queridos que já partiram, com naturalidade e aceitação dessa perda.
3 comentários:
quero mt ler este livro :D mas estou com expectativas altas
Eu também li este livro e ADOREI!
Parece muito interessante!
bjs
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