quarta-feira, 4 de agosto de 2010

As flores do templo - Rani Manicka

Sinopse

Da autora do best-seller A GUARDIÃ DOS SONHOS, um romance inquietante com um início mágico e um final maldito.

Após a morte da mãe, as jovens e belas gémeas Nutan e Zeenat vêem-se forçadas a abandonar a paradisíaca ilha de Bali e a protecção da sua avó, uma grande especialista em magia, tradições e lendas, para se instalarem em Londres, onde tentam ganhar a vida trabalhando num café. Aí conhecem Ricky, um jovem sedutor siciliano que lhes abre as portas do Templo da Aranha, um local decadente e excessivo que mudará para sempre as suas vidas.
Um pintor, a amante de um milionário, uma prostituta e um cabeleireiro de sucesso, todos eles habitantes deste romance, acompanham as duas irmãs nesta aventura carregada de sentimentos, que percorre a frágil fronteira entre a vida e a morte, a corrupção e a inocência.


A minha opinião

Adorei!!!
Comprei este livro, porque uma parte dele é passada em Bali, o meu destino de férias este ano e o local onde o li. A avaliar pelo título e pela capa, pensava que seria uma história mais light, ideal para férias.
Mas enganei-me. É um livro profundo, que nos faz pensar sobre a vida, a morte, o falgelo das drogas, o mundo cruel da prostituição. E também sobre aquelas pessoas a quem essas situações passam ao lado, com vidas mais simples, menos faustosas, mas, sem dúvida, muito mais felizes.
Amei a escrita desta autora, de quem entretanto já adquiri A guardiã dos sonhos. Envolve-nos e transmite-nos sensações. E, para mim, transmite, principalmente, os cheiros. Bali tem cheiro de ylang-ylang. Há flores destas por todo o lado e os ventos fazem o seu aroma bailar pelos ares.
Mas, tirando os aspectos relacionados com a ilha, o livro é também passado na Toscana (e aí sentimos o aroma do azeite) e em Londres, mais concretamente num sub-mundo ligado à droga e prostituição. Não a Londres turística.
O livro está dividido em capítulos aos quais corresponde o nome de uma personagem e essa personagem conta a alguém (que no final identificamos) a sua visão dos acontecimentos. E a escrita é de tal forma sentida, que parece que entramos na cabeça dos narradores e isso não deixa o leitor ficar com raiva daqueles que cometem erros, mas sim com pena, com vontade de dar conselhos para que sigam por outro caminho.
Em suma, é um livro que me surpreendeu bastante pela positiva e uma autora até agora desconhecida que passei a admirar.


2 comentários:

Guerreiro disse...

A tua opinião aguçou a minha curiosidade, tenho esse livro emprestado à espera de ser lido. :)

Catherine disse...

sempre que passo por aqui fico logo com mais uns livros na mira! ;)

criei um blogue novo em parceria com duas amigas, passa por lá.

http://chovemlivros.blogspot.com/

Catherine

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