Sinopse
Há setecentos anos, num mundo governado por mulheres e onde os homens são meros súbditos, uma Viúva Negra profetizou a chegada de uma Rainha na sua teia de sonhos e visões.
Jaenelle chegou para ocupar o seu lugar, mas mesmo a protecção dos Senhores da Guerra não impediu que os seus inimigos lhe provocassem um terrível mal. Agora é necessário protegê-la até às últimas consequências. Mas será que ainda é possível recuperar Jaenelle?
Há, no Reino, três homens dispostos a dar a sua vida pela Rainha prometida. Mas as atrocidades cometidas mostram que há quem esteja disposto a tudo para controlar ou destruir Jaenelle. Para todo o sempre.
A minha opinião
(contém spoilers)
Neste 2º volume Jaenelle é já uma jovem feiticeira.
Gostei menos deste volume do que do anterior, porque o meu personagem favorito - Daemon - não está presente em boa parte do livro, por se encontrar no Reino Distorcido, um mundo de loucura e alheamento. Por vezes, a autora leva-nos até ele, mas não há desenvolvimento do personagem. Parece que é um pouco para dizer ao leitor: aguenta aí, pois Daemon não morreu, ele irá voltar e trará de volta todo o interesse inicial da narrativa.
Daí (tal como, no fundo, eu já esperava) não ter sido ainda no Herdeira das Sombras que eu descobri se Jaenelle e Daemon ficam juntos.
Saetan, tutor de Jaenelle, tudo faz para a proteger de quem lhe quer mal.
Lucivar obteve aqui o protogonismo que não teve no 1º volume. Gostei de o conhecer melhor, cativou-me, mas penso que não tem o carisma de Daemon.
Há demasiadas intrigas. A rainha das feiticeiras atrai inimizades. Interesses maiores sobrepõem-se e há quem queira destruí-la. Lucivar e Saetan nem sempre conseguem evitar que o mal atinja aquela a quem servem.
Jaenelle continua misteriosa, com um misto de inocência, mas mais madura e ciente do seu poder e do seu papel neste mundo encantado que Bishop tão bem caracteriza.
A autora tem o dom de manter constantemente a atenção do leitor. À semelhança do 1º volume este é mais um livro dinâmico, cheio de acção, magia, voltas e reviravoltas, nas quais os bons acabam invariavelmente (e ainda bem) por vencer os maus. A justiça vence a ganância e a sede de poder.
Aos 20 anos Jaenelle deixa de ser tutelada por Saetan e sai da sua casa. Torna-se na Rainha das Trevas, a Rainha de Ebon Askavi. Forma a sua corte, na qual Lucivar assume o papel de 1º acompanhante e Príncipe dos Senhores da Guerra de Ebon Rih e Saetan ocupa o lugar de Administrador da Corte das Trevas. Mas falta ainda preencher o lugar do Consorte e Daemon continua no Reino Distorcido... O que ninguém sabe é que ele já está a sair dele...
Gostei do livro, mas tenho grandes expectativas relativamente o 3º volume, do qual espero gostar mais. Será que se vai consumar o amor dos meus personagens favoritos?
Sobre A Morte É Uma Flor, de Paul Celan
Há 12 horas
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