Colecção invulgar de histórias do Sobrenatural, escritas pelo autor preferido do grande realizador Alfred Hitchcok,que ele próprio seleccionou como «as suas melhores». Êxito literário mundial, aparece agora em português, em tradução cuidada, de forma a que o leitor não perca todo o senso sarcástico de absurdo tão característico do autor, e ainda aquela deliciosa fantasia que fez de Bloch um escritor seleccionado para as maiores antologias internacionais. Prepare-se o leitor, portanto, para contactar com seres estranhos e existências ainda mais estranhas, entre as quais conheceremos a de «Sir» Pallagyn da Torre Negra, Herman o Ardente, Simkins o Vampiro, e tantos outros que proporcionarão momentos inolvidáveis de leitura...
A minha opinião
Este é um livro delicioso que reli recentemente. Li pela primeira vez há muitos anos o exemplar da biblioteca do Seixal, uma edição de 1979 da extinta Edições Portugal Press. Não encontrei em alfarrabistas nem na Feira da Ladra e resolvi ir buscar à prateleira da biblioteca a mesma edição.
Fartei-me de rir. Não fiquem iludidos com o título. Trata-se de dragões e pesadelos do mais absurdo e hilariante que há.
O livro é constituído por três contos.
Logo no primeiro conhecemos Sir Pallagyn, da corte do rei Artur, enviado por Merlin aos tempos modernos, numa viagem através do tempo, em demanda de um determinado objecto. É então que se cruza com Butch ao volante do seu camião e os confunde com um feiticeiro com o seu dragão que cospe fogo. Há uma tentativa de explicação infrutífera: «-Isto não é um dragão, - expliquei-lhe. - É um Ford. - Ford? Merlin não me falou nesse género de criaturas.»
Foi também interessante recordar Lancelot, que bem me lembro de outros livros, o tal que «passava o tempo a arrolhar à pombinha do Artur».
Localizado o objecto num museu, segue-se uma aventura verdadeiramente absurda. No final fica a dúvida sobre se teria sido (ou não!!!) fruto da imaginação de Butch, que havia bebido demais.
Num novo conto surge a continuação da história. Merlin agradece a Butch os seus préstimos enviando-lhe um ovo. E desse ovo nasce um dragão amistoso que gosta de cerveja. É baptizado com o nome de Herman. Novamente começam os problemas mais surreais e engraçados que se possam imaginar.
O livro termina com uma história cheia de personagens estranhíssimas, mas todas muito dóceis. O nosso herói sem nome responde a um anúncio para um emprego de criado na casa de um milionário excêntrico. Essa casa é uma espécie de pensão para monstros, na qual o seu dono deposita as personagens mitológicas que vai encontrando. Conhecemos um vampiro desdentado, um lobisomem que usa remédio para a sarna, um centauro que lê jornais sobre corridas de cavalos, uma sereia doida por sais de banho e, entre outros, uma bruxa que usa calças porque os collants se rompem quando cavalga uma vassoura!
A tarefa do nosso herói é tratar e acarinhar estes hóspedes esquisitos. Assim, a primeira conclusão a que chegou ao deparar-se com a sua nova realidade, foi a de que poderia dormir bem de noite, guardando os pesadelos para quando acordasse.
Novamente se segue uma aventura insana e hilária.
Em suma, este é um livro sobre uma temática que está muito em voga - o fantástico - mas com um humor constante que faz o leitor dar umas boas gargalhadas ao longo das suas páginas.
1 comentário:
;) há algo para vocês no meu blogue!
Catherine
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