Sinopse
Quase todas as noites Holly e Gerry tinham a mesma discussão – qual dos dois se ia levantar da cama e voltar tacteando pateticamente o caminho de regresso ao apetecível leito? Comprar um candeeiro de mesa-de-cabeceira parecia não fazer parte dos planos, e assim o episódio da luz repetia-se a cada noite, num rito conjugal de pendor cómico a que nenhum desejava pôr termo. Agora, ao recordar esses momentos de pura felicidade, Holly sentia-se perdida sem Gerry. Simplesmente não sabia viver sem ele. Mas ele sabia-o, conhecia-a demasiado bem para a deixar no mundo sozinha e sem rumo. Por isso, imaginou uma forma de perpetuar ainda por algum tempo a sua presença junto da mulher, incentivando-a a viver de novo. Mas como se sobrevive à perda de um grande amor? Holly ter-nos-ia respondido: não se sobrevive! Mas Holly sobreviveu!
A minha opinião
Na sequência de ter sido transmitido na TV, no passado dia dos namorados, o filme baseado neste livro e de eu não ter tido oportunidade de ver qual o final reservado para a Holly, resolvi pegar nesta obra, que já acumulava pó na minha estante, e devo dizer que em boa hora o fiz.
Holly e Gerry são almas gémeas. Contudo, o destino faz com que o seu casamento chegue ao fim cedo demais: Gerry morre devido a um tumor no cérebro. Então, antes de morrer, ele deixa várias mensagens escritas para que a sua mulher abra uma por cada mês, durante quase um ano. O objectivo é ajudá-la a superar a perda e incentivá-la a continuar a viver.
O livro fascinou-me mais do que o filme, pois este último é demasiado cor-de-rosa e parece-me que conta com situações que dificilmente seriam realidade. O livro não. A forma como Gerry engendrou as cartas e os seus conteúdos poderiam, de facto, terem sido materializados por uma mente apaixonada.
Não é um livro lamechas nem tristonho. Antes contém inúmeras situações divertidas, algumas até hilariantes. É claro que tem também episódios tristes, nos quais quase chorei com Holly, compadecida com a sua infelicidade por uma perda tão definitiva e com a sua impotência nas alturas em que parecia que todos à sua volta seguiam as suas vidas de forma positiva. Senti que a autora explorou muito bem os sentimentos das pessoas, não só no que diz respeito a Holly, como às personagens com quem se relaciona (amigos, família e colegas de trabalho).
O valor da amizade, mais do que o próprio amor, é fortíssimo neste livro. Apesar de tudo, Holly é uma mulher de sorte.
O final, embora não seja aquele pelo qual eu torcia, é talvez o que mais se aproxima da vida real. A infelicidade não é eterna. E a melhor forma de a driblar é simplesmente... ir vivendo.
5 comentários:
Comecei a ler este livro há uns tempos. Nem cinco páginas tinha lido e já estava a chorar. Pu-lo logo de lado. Nem livro nem filme. Não consegui. Acho a história muito triste...
Lia, o livro não tem um tom triste. No início é quando morre o Gerry e, por isso, te emocionaste mais. Mas, daí para a frente é a superação, a aceitação, o voltar a sorrir. E acredita que sorris pelas situações hilariantes que Holly vive com as amigas. Holly é um pouco trapalhona e faz-me lembrar outra personagem que deves conhecer: a Bridget Jones. Tudo lhe acontece. E há também outras figuras mais extravagantes, fúteis e divertidas que acabam por retirar o "peso" do tema central. Como disse na opinião, a amizade é um ponto forte no livro.
Se ultrapassares a "barreira" das primeiras páginas, decerto vais gostar muito e será um livro que não vais esquecer tão depressa :)
Olá Sofia!
Este é um dos meus livros favoritos, simplesmente inesquecivel! Bjinhs e boas leituras
B., concordo: esta história é inesquecível.
Nunca tinha lido nada desta autora e surpreendeu-me bastante. Tem uma escrita fluída muito agradável.
Certamente irei ler outras obras da Cecelia Ahern.
Beijinhos
vi o filme há pouco tempo, gostei muito, tenho pena de não ter lido o livro...
;) tenho uma coisinha para vocês no meu blogue.
http://pintarcomquantascoresoventotem.blogspot.com/2010/02/obrigado.html
Catherine
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