"A Paixão de Jane Eyre" é a história de uma órfã que vive com a sua desagrádavel tia e os seus nada atractivos primos. Mais tarde, colocada num asilo, Jane começa a desenvolver um espírito independente para a época e aprende que a melhor maneira de conservar o respeito próprio na adversidade é manter o autocontrole. Esta aprendizagem servir-lhe-á para toda a vida e permitir-lhe-á repudiar noivos, ser auto-suficiente, mudar de identidade e encontrar um ser em igual nível intelectual e da paixão sexual.
A minha opiniãoO livro tem início com uma história muito parecida com a da "Cinderela": Jane, uma miúda de 10 anos, orfã, vive com a sua tia Mrs. Reed, primos e criadas. O seu pai era irmão do marido de Mrs. Reed e, no seu leito de morte, fez a sua esposa prometer que cuidaria da pequena Jane. Mas tal não acontece e Jane sofre constantemente de maus tratos por parte da tia e dos seus três filhos.
Mrs. Reed envia então a sobrinha para um colégio de raparigas orfãs, onde Jane, embora passe privações a nível alimentar e de conforto, conhece o carinho de algumas pessoas, principalmente Miss Temple (a directora) e Helen Burns.
Helen morre de tifo, mas ainda tem tempo para lhe ensinar valores como a coragem, a fé, o autocontrole. Diz-lhe um dia: «é fraqueza e disparate dizer que não se pode suportar o que o destino nos impõe».
Esta frase, quanto a mim, resume a ideia que este livro transmite.
Aos 18 anos, Jane sai desse colégio e ruma a Thornfield, onde passa a ser perceptora de Adéle, filha ilegítima de Mr. Rochester. Neste ponto da narrativa, lembro-me do filme "Música no Coração": Jane e o seu patrão apaixonam-se um pelo outro, a ponto deste a pedir em casamento. Contudo, no dia da boda, descobre-se que o noivo afinal era casado e escondia a mulher, uma louca de poucos princípios e escrúpulos, na mansão.
Jane foge, passa por um mau bocado e vem a ser acolhida por uma família - a sua - com a qual vive durante um ano, sendo, nos primeiros tempos, professora. Herda muito dinheiro de um tio que vivia na ilha da Madeira e divide a herança com as suas primas e primo. Este último acaba por pedi-la em casamento.
No entanto, a voz do destino chama-a e Jane parte à procura do seu amor. Encontra Mr. Rochester viúvo, na miséria, cego e mutilado devido a um incêndio. A sua mulher havia posto fogo na mansão, incidente que acabou por lhe ser fatal a ela.
E, no final, após tantas contrariedades, ambos casam e vivem felizes para sempre.
Uma história muito bonita sobre um amor intenso, passada no século XIX, já adaptada ao cinema e séries de TV. Levou algum tempo a ler pois, por diversas vezes, me cansei um pouco com as descrições que tornam o livro tão denso. Mas, trata-se de um livro muito interessante e que teve muitos pontos altos na sua leitura. Dele retirei que, por muito que achemos que não, se pode sempre suportar o que o destino nos impõe.
3 comentários:
Olá!
Antes de mais, parabéns pelo blog!
Está aqui uma nova seguidora.
Quanto ao livro, eu adorei Jane Eyre. Concordo com algumas coisas que disseste como as descrições.
Acho que é um livro com uma mensagem muito bonita.
Mts bjinhos*
Tenho lá em casa para ler... depois desta tua crítica fiquei muito curiosa!!
Quanto à espécie de autobiografia do Murakami, só te posso dizer que li o primeiro capítulo e estou absolutamente rendida!!
Muitos beijinhos!
Olá :
Tens prendas à espera no Páginas Desfolhadas!
Boas Leituras!
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