domingo, 15 de novembro de 2009

A paixão de Jane Eyre - Charlotte Brontë

Sinopse

"A Paixão de Jane Eyre" é a história de uma órfã que vive com a sua desagrádavel tia e os seus nada atractivos primos. Mais tarde, colocada num asilo, Jane começa a desenvolver um espírito independente para a época e aprende que a melhor maneira de conservar o respeito próprio na adversidade é manter o autocontrole. Esta aprendizagem servir-lhe-á para toda a vida e permitir-lhe-á repudiar noivos, ser auto-suficiente, mudar de identidade e encontrar um ser em igual nível intelectual e da paixão sexual.

A minha opinião

O livro tem início com uma história muito parecida com a da "Cinderela": Jane, uma miúda de 10 anos, orfã, vive com a sua tia Mrs. Reed, primos e criadas. O seu pai era irmão do marido de Mrs. Reed e, no seu leito de morte, fez a sua esposa prometer que cuidaria da pequena Jane. Mas tal não acontece e Jane sofre constantemente de maus tratos por parte da tia e dos seus três filhos.
Mrs. Reed envia então a sobrinha para um colégio de raparigas orfãs, onde Jane, embora passe privações a nível alimentar e de conforto, conhece o carinho de algumas pessoas, principalmente Miss Temple (a directora) e Helen Burns.
Helen morre de tifo, mas ainda tem tempo para lhe ensinar valores como a coragem, a fé, o autocontrole. Diz-lhe um dia: «é fraqueza e disparate dizer que não se pode suportar o que o destino nos impõe».
Esta frase, quanto a mim, resume a ideia que este livro transmite.
Aos 18 anos, Jane sai desse colégio e ruma a Thornfield, onde passa a ser perceptora de Adéle, filha ilegítima de Mr. Rochester. Neste ponto da narrativa, lembro-me do filme "Música no Coração": Jane e o seu patrão apaixonam-se um pelo outro, a ponto deste a pedir em casamento. Contudo, no dia da boda, descobre-se que o noivo afinal era casado e escondia a mulher, uma louca de poucos princípios e escrúpulos, na mansão.
Jane foge, passa por um mau bocado e vem a ser acolhida por uma família - a sua - com a qual vive durante um ano, sendo, nos primeiros tempos, professora. Herda muito dinheiro de um tio que vivia na ilha da Madeira e divide a herança com as suas primas e primo. Este último acaba por pedi-la em casamento.
No entanto, a voz do destino chama-a e Jane parte à procura do seu amor. Encontra Mr. Rochester viúvo, na miséria, cego e mutilado devido a um incêndio. A sua mulher havia posto fogo na mansão, incidente que acabou por lhe ser fatal a ela.
E, no final, após tantas contrariedades, ambos casam e vivem felizes para sempre.
Uma história muito bonita sobre um amor intenso, passada no século XIX, já adaptada ao cinema e séries de TV. Levou algum tempo a ler pois, por diversas vezes, me cansei um pouco com as descrições que tornam o livro tão denso. Mas, trata-se de um livro muito interessante e que teve muitos pontos altos na sua leitura. Dele retirei que, por muito que achemos que não, se pode sempre suportar o que o destino nos impõe.

3 comentários:

Jojo disse...

Olá!

Antes de mais, parabéns pelo blog!
Está aqui uma nova seguidora.

Quanto ao livro, eu adorei Jane Eyre. Concordo com algumas coisas que disseste como as descrições.
Acho que é um livro com uma mensagem muito bonita.

Mts bjinhos*

JM disse...

Tenho lá em casa para ler... depois desta tua crítica fiquei muito curiosa!!
Quanto à espécie de autobiografia do Murakami, só te posso dizer que li o primeiro capítulo e estou absolutamente rendida!!

Muitos beijinhos!

Páginas Desfolhadas disse...

Olá :

Tens prendas à espera no Páginas Desfolhadas!

Boas Leituras!

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