quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Flashman - A Odisseia de um Cobarde - George MacDonald Fraser

Sinopse

Ele é um mentiroso, ele é um cobarde, ele seduziu a amante do próprio pai. Ele é Harry Flashman e esta é a sua deliciosa odisseia. Dos salões vitorianos de Londres às fronteiras exóticas do Império, prepare-se para conhecer o maior herói do Império Britânico. Pode um homem que foi expulso da escola por andar sempre bêbado, que seduziu a amante do próprio pai, que mente com quantos dentes tem e é um cobarde desavergonhado no campo de batalha, protagonizar uma série de triunfantes aventuras na era vitoriana? A escandalosa saga de Flashman, herói e soldado, mulherengo e agente secreto relutante, emerge numa série de memórias campeãs de vendas em que o herói gingão revê, na segurança da velhice, as suas proezas na cama e no campo de batalha.

O autor

George MacDonald Fraser (1925-2008) esteve num Regimento escocês na Índia e no Médio Oriente, trabalhou na imprensa na Grã-Bretanha e no Canadá e, além da série Flashman, deu ao prelo muitos outros romances de sucesso, o último dos quais Black Ajax. Milhares de leitores em todo o mundo têm apreciado também os três volumes de contos sobre o soldado McAuslan. Escreveu inúmeros guiões de cinema, nomeadamente Os Três Mosqueteiros, Os Quatro Mosqueteiros e um filme de James Bond, Operação Tentáculo.

Críticas de imprensa

«A série Flashman vibra de acção… e é muito, muito divertida.»
The Times

A minha opinião

Incrível. Desde início somos levados por um desenrolar de acontecimentos absolutamente estrondosos. Flashman é aquele personagem a quem tudo acontece e a capacidade para se desenvencilhar das inúmeras situações em que se coloca é deveras brilhante. No desenrolar da história somos levados a dizer que desta ele não se safa, está mesmo tramado, mas depois no decurso dos acontecimentos Flashman, abençoado pela sorte, consegue desembaraçar-se de situações incríveis, muitas vezes ganhando pontos ele próprio e quase sempre às custas de outros. É aquele “amigo” em quem não podemos nunca confiar. Egoísta e cínico, primeiro ele e depois... ele. É expulso da escola por ser apanhado bêbado, quando conhece a bonita amante do pai não perde tempo e lança-se num ataque implacável que acaba por dar frutos. Logo de seguida alista-se na vida militar arrancando uma mesada choruda ao pai que prefere pagar para não o ter próximo.
E assim é Harry Flashman, tipo arrogante que vê as mulheres como objecto sexual de prazer e cobarde quanto baste quando toca a mostrar o seu carácter.
Este romance de aventuras é um manuscrito do próprio Harry Flashman. Pode-se dizer que é uma autobiografia. Acreditemos ou não nas façanhas protagonizadas, os relatos mostram-se fidedignos aos acontecimentos históricos na altura, tanto em termos de acontecimentos como de personagens, assim o relatam os entendidos. Fala sobre a retirada dos ingleses das terras do Afeganistão, das atrucidades que foram vítimas soldados, mulheres e crianças. Critica também o comando Inglês, uma autêntica anedota, mesmo com soldados valentes e corajosos sob comando de completos inúteis. Este romance vale pelo todo, se por um lado nos brinda com um personagem capaz de nos soltar gargalhadas, por outro traz-nos uma panóplia de acontecimentos históricos muitas vezes dramáticos que a guerra e injustiça conseguem provocar.


1 comentário:

Carla disse...

Olá
Tenho uma enorme curiosidade acerca deste livro, já peguei nele variadíssimas vezes mas ainda não o comprei...Ups tenho tantos por ler cá em casa.
Boa leitura!

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